Pescadores fluminenses culpam concessionária por morte de peixes na Lagoa de Araruama

Rio de Janeiro – Os pescadores de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, deverão ter um encontro na próxima terça-feira (27) com diretores da Prolagos, concessionária do sistema de água e esgoto local. Ontem (24), cerca de 100 pescadores jogaram dez toneladas de peixes mortos na porta da sede da Prolagos, num protesto contra a empresa, que, segundo os pescadores, é a responsável pela mortandade dos peixes na Lagoa de Araruama.

Em nota, a Prolagos repudiou a manifestação, que considerou “violenta” e afirmou que cumpre as normas estabelecidas no contrato de concessão, “especialmente no que se refere à operação do sistema de coleta e tratamento de esgoto”.

Além do lançamento de esgotos in natura, as últimas chuvas agravaram a mortandade de peixes na Lagoa de Araruama, fonte de sustento para cerca de 2,5 mil pescadores. A retomada da dragagem do Canal de Itajuru, na divisa com o vizinho município de Cabo Frio, é considerada pelos ambientalistas da região fundamental para acabar com o assoreamento que impede a renovação das águas da lagoa e contribui para a mortandade da fauna marinha.

A dragagem do Itajuru, única ligação da lagoa com o mar, foi interrompida no final do ano passado, quando foi concluída a primeira fase da obra, com a retirada de uma antiga adutora que limitava a passagem da água pelo canal. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a draga voltará a operar na próxima quarta-feira (28).

Durante vistoria feita na última quinta-feira (22) à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Prolagos, no município de Arraial do Cabo, o presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, deputado André do PV, constatou diversas irregularidades. Segundo o parlamentar, a estação “está funcionando parcialmente e fazendo apenas o tratamento primário do esgoto”. O deputado disse que vai enviar um relatório para a prefeitura de Arraial e para a concessionária Prolagos relatando as condições da estação de tratamento.

Paulo Virgiliio
Repórter da Agência Brasil

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