Tucuruí terá mais 155 áreas para criação de peixes

O Ministério da Pesca e Aquicultura publicou no último dia nove de abril, no Diário Oficial da União, a terceira licitação não onerosa do reservatório da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. Serão distribuídas 155 áreas de mil metros quadrados de lâmina d’água, no parque aquícola de Breu Branco III, um dos quatro projetados para o reservatório. As inscrições se encerrarão no próximo dia 24 de maio.

As áreas aquícolas se destinam principalmente a famílias impactadas pela barragem, no rio Tocantins, e pelas duas eclusas de Tucurui, cujas obras se encontram em fase final de execução. Os pescadores, que ficaram sem acesso às suas áreas tradicionais de pesca, moram principalmente na comunidade de Breu Branco ou na cidade de Tucurui, esta com mais de oitenta mil habitantes. Todos possuem renda de até cinco salários mínimos, uma das exigências para se receber a área aquícola.

A produção de pescado, em tanques-rede, nas 155 áreas disponibilizadas deve atingir aproximadamente duas mil toneladas por ano. Os novos aquicultores vão criar em cativeiro em especial o peixe pirapitinga, natural das bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins.

Complexo aquícola

As primeiras licitações dos parques aquícolas de Tucuruí ocorreram em setembro de 2009 e janeiro desde ano. Foram disponibilizadas ao todo 926 áreas de mil metros quadrados, das quais aproximadamente 600 efetivamente ocupadas.

A produção pesqueira em Tucuruí permitirá no futuro a instalação de uma indústria de processamento de pescado na região.

A construção das eclusas permitirá a navegação desde Belém até Marabá, fortalecendo a economia regional. As eclusas serão as maiores do mundo em termos de superação de desnível, de aproximadamente 75 metros. A circulação de grandes barcos vem sendo impedida pelo desnível causado pela barragem e também pela existência de corredeiras.

Considerada a maior do País em território exclusivamente nacional, a hidrelétrica de Tucuruí produz 8.370 MW e foi construída pela Eletronorte.

MPA

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