Projeto da Emater leva tecnologia de tanques-rede para piscicultores de Viseu

A princípio serão dois tanques-rede, colocados direto no rio, no total com dois mil alevinos de tambaqui

Até o fim de outubro, o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Viseu, nordeste do estado, implantará a primeira unidade demonstrativa de piscicultura em tanque-rede no município. O experimento, que tem a parceria da prefeitura, será instalado na comunidade Santo Antônio, no ramal da Estrada Nova, à margem do rio Gurupi. Ali vivem 50 famílias, que tradicionalmente praticam pesca artesanal e plantam as “roças brancas”, como mandioca e milho. Algumas também já trabalham com cultivo de peixes, mas em tanques escavados.

“A princípio serão dois tanques-rede, colocados direto no rio, no total com dois mil alevinos de tambaqui. São estruturadas teladas, que não prejudicarão o ecossistema aquático”, explica o engenheiro agrônomo Osmar Oliveira Filho, chefe do escritório local da Emater. A despesca inaugural de duas toneladas, programada para junho do ano que vem, já está sendo negociada para compor a merenda escolar do município, via um contrato pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

A ideia da Emater com a unidade demonstrativa é apresentar a tecnologia do tanque-rede e estimular a diversificação das atividades nas propriedades, para complemento de renda e enriquecimento nutricional das refeições das próprias famílias. Pelo menos outras nove comunidades vizinhas terão acesso à primeira unidade demonstrativa. “Queremos despertar o interesse pela piscicultura e provar que é viável e lucrativo”, diz Filho. Estima-se que cada tanque-rede custe cerca de R$ 4 mil – aí incluídos os gastos com ração industrial e compra de alevinos. Emater pretende que ainda neste segundo semestre já possa começar a intermediar crédito para alguns piscicultores de Viseu por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Ascom Emater

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