Pescadores definem como preservar espécies e combater a pesca predatória

Preservação das espécies e combate à pesca predatória são os dois principais temas do I Seminário dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Baixo Amazonas e Oeste do Pará, que reúne desde segunda-feira, 24, representantes de todas as colônias de pescadores das duas regiões para refletir sobre o tema “Nas águas da organização, pescando vida e dignidade“.

Os participantes avaliam o evento como uma oportunidade para aproveitar o apoio do governo e organizar as ações do setor. Coordenador do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Baixo Amazonas (Mopebam), Miguel Teixeira explica que, após 30 anos de atividade, o movimento faz uma reflexão com seus associados para avaliar as ações. “Estamos refletindo sobre a nossa prática e traçando metas para o futuro. Nesse governo fomos beneficiados com uma Secretaria de Pesca e todo o apoio à classe. Agora é importante discutir o que temos como oferta e como podemos direcionar os trabalhos para melhorar as condições de cada pescador“.

Coordenador regional da Secretaria de Pesca e Aqüicultura (Sepaq), Rivelino Mota ressalta que, ao apoiar o debate, a secretaria garante às colônias, sindicatos e movimentos sociais auxílio para a administração das políticas públicas. ” Nós vivemos um momento muito especial. Hoje é possível reunir e discutir propostas do governo Federal, Estadual, órgãos de assistência técnica e da indústria pesqueira da região. Aqui estamos definindo o futuro do setor pesqueiro da região, e o governo abre as portas para que o movimento traga suas propostas, e posteriormente elas sejam avaliadas. Isso torna a atividade mais produtiva e garante o abastecimento do estoque pesqueiro da região “, avalia.

O seminário é uma iniciativa do Mopebam, com o apoio do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Sepaq e Colônias de Pescadores e Pescadoras do Baixo Amazonas e Oeste do Pará. No encerramento do evento nesta quarta-feira, 26, como resultado dos três dias de encontro, será elaborado um documento com propostas definidas pelos próprios pescadores durante os debates. Uma cerimônia formalizará a entrega das propostas à Assembléia Legislativa, Capitania dos Portos, Sepaq, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Ibama e outras autoridades.

Secom/Santarém

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um comentário

  1. Marcos A.Cavalcanti

    COMBATE Á PESCA PREDATÓRIA

    Não sou especialista na área, porem, creio que o maior problema que temos no País, é a nossa vasta extensão territorial e por isto, torna-se difícil, senão impossível, combater todas as práticas predatória, não só da pesca mais do meio ambiente em geral.

    Dias passados, li uma reportagem do atual ministro da pesca e aqüicultura, mencionando que foram investidos mais de 100 milhões de reais, em benefícios de 1SM, para que 136.000 pescadores artesanais cadastrados a partir de 2006, para que respeitassem a época da piracema e mais, que esperava a colaboração de todos os beneficiados.
    Ora, tomara que os pescadores realmente colaborem, entretanto, penso que se tal investimento fosse feito no aparelhamento da fiscalização, os resultados seriam os esperados.

    , Penso que alem disso, o governo poderia incentivar a criação de peixes em cativeiro, tanto os de água doce e salgada, não só pelos pescadores artesanais, mais em apoio á pesca comercial, se bem que ambas, uma depende da outra.

    De modo geral, a mentalidade em vigor é achar que os peixes são uma fonte inesgotável na natureza e não faltam informações, de pessoas que realmente entendem do assunto, dizendo o contrário, ou melhor afirmam, que no ritmo que andam as coisas, logo a pesca comercial estará extinta.

    Se a criação em cativeiro fosse expandida e muito bem fiscalizada, com certeza, quem atua neste segmento, logo teria retorno de investimentos.

    Desta maneira, proporcionaria a geração de emprego e renda, benefícios previdenciários, arrecadação de impostos, melhor preço ao consumidor, resumindo: desenvolvimento sustentável.

    Por extensão, o grande problema do Brasil em todas as áreas, é que na administração pública, os compromissos assumidos nem sempre são cumpridos, por seus gestores, hoje aqueles que foram nomeados, amanhã, serão substituídos por outros.

    Fazem-se planos e mais planos, mais tudo fica no papel e os problemas permanecem.

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