Pernambuco – Piscicultura favorece milhares de famílias no interior do Estado

O Governo Estadual, por meio da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária – Sara, e disposto a promover ações concretas no meio rural, está intensificando o Programa de Peixamento em açudes e barragens do interior do Estado. Somente neste início de 2009, cerca de 2 mil pescadores artesanais dos municípios de Limoeiro, Carpina, Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carro e Feira Nova que são servidos pelo Açude do Carpina, já estão sendo beneficiados com o Programa, segundo o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ângelo Ferreira.

Em 2008, em média, 4 mil alevinos – filhotes de peixe – foram colocados em 646 açudes, beneficiando mais de 11 mil pescadores artesanais em Pernambuco. “Peixamento é introduzir filhotes de peixe em açudes públicos e comunitários, colaborando na subsistência dos moradores e estimulando o desenvolvimento econômico local, por meio da pesca artesanal”, diz o chefe da Unidade de Pesca da Sara, Roberto Maurício.

Até fevereiro, a Sara terá entregue 1,2 milhão de alevinos das espécies tambaqui, carpa prateada e curimatã pacu na localidade. Para o presidente da Colônia de Pescadores Z-8, Ednaldo Herculano da Silva, da Comunidade de Ribeiro Grande, em Limoeiro, a iniciativa foi muito bem recebida, principalmente, porque a comunidade ficou muito tempo esquecida. “A gente está comemorando esta vitória, porque vivemos da pesca, tiramos o sustento dela”, enfatizou.

“Depois de terminar a ação de peixamento na Barragem do Carpina, a Secretaria já está planejando a continuidade do Programa em outros açudes públicos e comunitários do Estado”, garante Maurício. Ele informa que já possui 750 mil alevinos para serem entregues este ano, além de um milhão de filhotes de peixes que serão fornecidos pela Estação Experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco – Ipa. O Instituto possui uma base de piscicultura na Estação Experimental em Serra Talhada, e lá, reproduzem os animais.

Uma das espécies de alevinos doadas pela Sara é a Tilápia. Esses peixes se alimentam de plâncton, uma espécie de vegetação natural nos açudes. O período de reprodução é de 3 a 6 meses e cada fêmea tem 120 filhotes por gestação. O peixe é resistente ao ambiente, não precisa de ração e apresenta excelente sabor. O quilo da tilápia varia de R$ 3,00 a R$ 5,00, podendo chegar à R$ 17,00 com o filé. “A ação do Peixamento além de alternativa econômica, prioriza o lado social, aproveitando as águas dos açudes do Estado para disponibilizar alimento saudável e nutritivo para muita gente”, explica Maurício.

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um comentário

  1. Infelizmente o peixamento sem a menor pre3ocup;ação com o meio ambiente, pensando apenas em “aparecer” nos notici[arios nos leva a isso: peixamento com a Tilápia, um peixe exótico, prejudicial à ictiofauna nativa.
    Me pergunto porque não fazem o mesmo com peixes nossos, preservando espécies e contribuindo com o meio ambiente. O que estão fazendo com a Tilápia é uma agressão e deveria ter intervenção do IBAMA, nesse caso.
    Temos inúmeras espécies que prestariam a isso.
    Infelizmente, repito, um tapa buraco que trará consequencias funestas no futuro.

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