Manaus – Pescadores pedem balsas para evitar desperdício


Para os pescadores, a implantação de outra balsa solucionaria o problema.



A falta de espaço para atracar no Terminal de Desembarque de Pescado de Manaus, na feira da Panair, Zona Sul, tem sido um dos principais motivos para o estrago de peixes, segundo pescadores que trabalham no local. Segundo eles, para encostar na plataforma, eles esperam até três dias após a chegada com a carga. Para os pescadores, a implantação de outra balsa solucionaria o problema.


O pescador José Saldanha, 70, disse já ter perdido seis das 20 toneladas de peixe que trouxe à capital no último fim de semana. Ele disse que vem do município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus) e quando chega na Panair, nunca encontra lugar para atracar sua embarcação. Armazenados por dias dentro de caixas de isopor, os peixes estragam. “O feirante não vem comprar com a gente. O jeito é jogar fora. Para não jogar aqui nas proximidades da feira, jogo no rio mesmo”.


A mesma situação enfrenta o pescador Joel Pereira, 42. Ele disse que soma prejuízos de até R$ 10 mil por conta de peixes que tiveram de ser jogados fora. Pereira ressalta que a colocação de mais uma balsa no local amenizaria o problema dos trabalhadores.


De acordo com a Prefeitura de Manaus, o terminal pesqueiro foi concebido a partir de uma parceria entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o Estado e o município. O projeto previa que a construção seria executada pela prefeitura e a gestão – nela incluídos os equipamentos – pela União.


Definida a área, identificou-se a existência de dois terrenos: um registrado em cartório imobiliário em nome de um particular; e outro com registro imobiliário, com sobreposição de parte do terreno em nome de particular e parte pertencente à União.



 


O município promoveu ação de desapropriação perante a Justiça federal, obteve liminar de posse, e a obra foi liberada. A parte da obra que coube a administração municipal foi concluída no final de 2010. A partir daí, o município procurou a Secretaria de Pesca para que a União pudesse cumprir a obrigação complementar, que é a de equipar o terminal.


 


 

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