Governos são parceiros para o desenvolvimento do setor da pesca e aquicultura em RN

A aquicultura em águas marinhas, como a carcinicultura (cultivo de camarões) em que o Estado se destaca como maior produtor nacional

A ministra da Pesca e Aquicultura Ideli Salvatti continua percorrendo os estados em busca de mais estrutura para atender o setor e de agilidade na liberação das licenças ambientais para produção de pescados em cativeiro (aquicultura). Depois de visitar Santa Catarina e Bahia, esteve no Rio Grande do Norte, no dia 24/1, cumprindo roteiro de audiências, entrega de caminhões para comercialização de pescado e visita ao Pólo de Tilápia, considerado exemplo em desenvolvimento rural sustentável no país.

Em Natal (RN), Ideli Salvatti e Rosalba Ciarlini confirmaram parceria para programar medidas de apoio ao setor. “Os dois pedidos feitos pela ministra, mais estrutura e liberação das licenças, são mais do que justos, tamanho é o potencial e a importância da pesca e aquicultura em nosso estado”, disse a governadora. “Iremos analisar as sugestões trazidas e nos adequar”, disse ela, confirmando a criação de uma Secretaria da Aquicultura e Pesca.

A aquicultura em águas marinhas, como a carcinicultura (cultivo de camarões) em que o Estado se destaca como maior produtor nacional, foi citado como um potencial que pode ser expandido sem agredir o meio ambiente. “Antes de sobrecarregar a pesca extrativa temos que implantar e valorizar a aquicultura”, ponderou a ministra. Outros projetos de piscicultura em reservatórios, a criação de tilápias em poços artesianos de águas salinas, a revisão da permissão e do defeso para pesca da lagosta e a inauguração do Terminal Pesqueiro Público de Natal foram avaliadas. Esta última, tida como consenso e prioridade pelas duas autoridades, deve acontecer em junho deste ano, mesmo período da realização do Congresso Mundial de Aquicultura e da Fenacam – Feira Nacional do Camarão, a serem realizados em Natal.

Durante o dia, depois de conversar com a governadora, a ministra se reuniu com representantes de colônias, associações, federações, armadores e empresários do setor. Na superintendência federal do MPA no RN, entregou as chaves de dois caminhões feira e um caminhão frigorífico para o governo do estado e para um consórcio municipal. “O caminhão Feira do Peixe é um sucesso e é um dos equipamentos mais requisitados no ministério”, disse. “Isso porque, o pescado chega ao consumidor a um preço mais acessível, sem atravessadores”, explicou ela.

Visita a barcos e ao pólo de tilápia

Outros compromissos foram cumpridos pela ministra Ideli Salvatti durante a visita a Natal. Em Ceará-Mirim, no Assentamento Residencial Agrícola de Canudos, os integrantes do projeto de tilapicultura (criação de tilápias em viveiros) mostraram o funcionamento do ciclo produtivo sustentável adotado pela comunidade. “Usamos sementes de girassol como ração de peixe, reutilizamos a água dos tanques para irrigar a plantação de mamão, produto que é exportado, e estamos começando a fazer o beneficiamento de couro de tilápia”, explicou uma das coordenadoras Livânia Frison.

Os atuais 54 viveiros têm produção média anual de 183 toneladas de peixe, envolvendo 16 municípios, e realizado de forma integrada com ministérios, secretarias, universidades e instituições financeiras. A ministra elogiou a iniciativa ao reforçar que todos os processos são pensados visando baratear o custo dos produtos. Terminou dizendo que o Ministério da Pesca e Aquicultura foi criado, entre outros objetivos, para expandir projetos semelhantes ao de Ceará-Mirim.

“É para isso que o Ministério da Pesca e Aquicultura existe, para que esses exemplos sejam conhecidos e que a ciência, o conhecimento que é desenvolvido nas comunidades seja levado para todo o país”. Dessa forma, continuou, iremos incluir mais, produzir mais, industrializar mais e consumir mais.

O roteiro da ministra foi encerrado com a ida ao Porto de Natal para visita a um navio de bandeira japonesa atracado no local. A embarcação é uma das 16 da frota arrendada pelo Governo Federal no intuito de garantir a cota a que o Brasil tem direito na pesca do atum. Medindo cerca de 50m de comprimento por 9m de largura, os barcos têm capacidade para 600 toneladas de combustível e 300 toneladas de pescado armazenado nas câmaras frigoríficas, que operam em temperatura de -60°C. “O que eu quero é que esse Terminal Pesqueiro já esteja pronto quando vocês voltarem”, disse Ideli à tripulação que segue para alto-mar nessa semana.

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