Ação de atuneiros no Sul de Santa Catarina termina em confusão com pescadores locais

A polêmica entre pescadores artesanais e atuneiros ganhou mais um capítulo no fim de semana no Sul de Santa Catarina. No sábado, por volta das 17h, os barcos industriais se aproximaram da costa na Praia de Garopaba para capturar sardinhas e manjuvas — peixes pequenos, que vivem em águas rasas, usados como isca para pesca de atum em alto mar.

A ação irritou os pescadores da região, que entraram no mar e arrancaram uma rede de cerco. Para puxar a rede para a areia, eles contaram com a ajuda de turistas que estavam na praia naquela tarde. Segundo testemunhas, a rede estava a aproximadamente 50 metros dos banhistas.

Houve confusão: de um lado, pescadores e turistas indignados com a proximidade dos botes da área de banho; do outro, os atuneiros exigindo a rede de propriedade deles. A Polícia Militar Ambiental foi chamada, e a rede apreendida.

Legislação

Segundo o capitão Marledo Egídio Costa, a legislação sobre a atuação dos atuneiros se restringe ao período do ano (é proibida em junho e julho) e às áreas regulamentadas (como as baías Norte e Sul de Florianópolis, a Ilha do Arvoredo e as desembocaduras de rios).

Por isso, segundo o capitão, não houve ilegalidade na ação dos barcos industriais em Garopaba, no sábado. O que pode ter ocorrido, segundo ele, é a quebra da ordem pública, com o desrespeito do limite de 200 metros para área de banho.

— Nós recebemos muitas reclamações sobre esse tipo de ocorrência também no Costão do Santinho, Pântano do Sul e Matadeiro. Às vezes, há cerca de 20 barcos em uma área. Não existe delimitação e não vejo nenhuma alteração para que isso mude — salientou Costa.

— O que precisa ser destacado é que qualquer tipo de embarcação precisa ser licenciada. E o barco que operava em Garopaba naquele dia estava licenciado para a pesca da sardinha viva, como também do atum — completou.

DIARIO.COM.BR

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um comentário

  1. sidney dos santos avancini

    É urgente que a ação desses atunaneiros que na verdade são parasitas/predadores do mar seja contida. O Ministério Público poderia ser a nossa salvação. Alguém já avaliou o impacto ambiental causado por esses atuneiros? 

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